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Boca de Cena entrevista...Fabiano Moreira

Boca de Cena entrevista...Fabiano Moreira

Boca de Cena - Será a primeira vez que a peça participará da Expo Cristã? Qual a expectativa? 
Fabiano Moreira - Sim, esta será a primeira vez que participaremos da Expo Cristã e a expectativa é encontrar um público que não está muito acostumado a frequentar o teatro, o que para nós da Cia. Alvo é muito importante no processo de formação de público. 

BC -
A peça funde o nazismo ao livro de Romanos. Comente um pouco sobre o enredo? 
FM - A peça parte dos ensinamentos que o apóstolo Paulo coloca na carta ao Romanos, e faz um paralelo ao regime nazista de Adolf Hitler. Traz para cena um diálogo eloquente de um ex-combatente do exército alemão com sua memória e sua imaginação em busca de uma justificativa sobre seu atos durante a Noite dos Cristais Quebrado,s que marcou o inicio do holocausto em 1938. A peça também é recheada de música instrumental composta a partir de nuances dos hinos nazistas e da música judaica; a intenção é oferecer ao espectador a oportunidade de lançar um "novo olhar" sobre o fato histórico que marcou a humanidade. 

BC -
Vocês acham que poderíamos ter mais peças com enredos religiosos no país? 
FM - Sim, creio que trabalhar com peças que trazem para a cena o caráter e os ensinamentos cristãos pode se tornar uma forma bem interessante de transformação social.   

BC -
Como vocês consideram a cena teatral em São Paulo atualmente? 
FM - Atualmente, a cena teatral em São Paulo é muito rica e muito variada em seus modos e estilos. Isso, de certa forma, fragmenta o público, cria nichos, e atrapalha um pouco a formação de público e o desenvolvimento da arte em si. Mas também tem seus pontos positivos pela diversidade. Penso que os teatros deveriam desenvolver formas de atrair o público e não deixar a divulgação e a promoção somente a critério das companhias. No fim das contas, ao meu ver, os teatros viram mais "vendedores de pautas" do que investidores de arte ou influenciadores culturais na cidade como é em outros países. Mas isso é só olhando para um ponto de vista, creio que tem muitas outras coisas a serem melhoradas. 

BC -
O que poderia ser feito para que mais pessoas passem a frequentar os teatros no país?
FM - Penso que tudo depende de investimento, não só de recursos financeiros mais de ideias e propostas voltadas para este fim como mais programas que vislumbrem a formação de público: investimento na área cultural, nos espaços, nos artistas e grupos, na propaganda e que sejam criadas formas eficientes para se medir o resultado, não só de forma analítica e quantitativas, mas também que tragam inovação para o setor e conforto ao expectador. 

BC -
Podemos esperar uma nova temporada da peça? Para quando?
FM - Creio que sim, o espetáculo tem alcançado um bom 'feedback" do público por onde passa, mas ainda não me arrisco em programar uma nova temporada; estamos em circulação com ele pelo país através da Lei de Incentivo à Cultura e um busca de oportunidades para leva-lo para fora do País. Além disso a companhia está em processo de montagem de um novo espetáculo, o infantil MEU PEQUENO UNIVERSO. Aguardem!!!!

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